sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Qual a função da DMT no corpo Humano ?

Uma pesquisa divulgada em 14 de setembro de 2016 pelos colaboradores do site Frontiers trouxe uma novidade que fomenta o até então rumor de que exista DMT endógeno no corpo Humano. Os pesquisadores Attila Szabo, Ede Frecska e colaboradores indicaram qual o possível papel fisiológico da DMT, o psicodélico mais intrigante de todos, que existe naturalmente em mamíferos, plantas, anfíbios e até em liquens.

Realizado com células em culturas (in vitro), a pesquisa revela que a DMT prolonga a sobrevivência de neuôronios em ambientes de baixa oxigenação. A proteção ocorre pela ativação dos receptores Sigma-1 (Sig-1R) e os resultados servem como modelo do que pode acontecer durante situações como acidente vascular cerebral, isquemia ou falhas cardíacas durante o processo da morte e, ainda mais, durante a hipóxia fetal durante o trabalho de parto, como hipotetizado pelo mesmo grupo de cientistas.

Portanto observou-se que o alucinógeno endógeno N,N-Dimethyltryptamine (DMT) se mostra um bom protetor contra Hipoxia (falta de oxigênio), agindo através da ativação de um receptor específico do sistema nervoso, que é o Sigma-1, no córtex Humano. E assim ajuda na imunidade de células.



Especifícamente, a molécula endógena age garantindo a transmissão correta da ER-stress para o núcleo celular, que resulta na produção aumentada de proteínas anti-stress e anti-oxídantes pelo receptor Sigma-1 (Sig-1R) (Integrador entre o retículo endoplasmático ER e as mitocôndrias).
Devido a essa função, a ativação da SIG-1R pode mitigar o resultado de hipóxia ou stress oxidativo.

Nesse estudo objetivou-se testar a hipótese de que a DMT tem um papel neuroprotetor.
Testou-se se a DMT pode atenuar o stress hipóxico, causado por baixas de oxigênio, em neuoronios corticais humanos cultivados in-vitro, derivados de células estaminais pluripotentes (IPSCs), macrófagos derivados de monócitos (moMACs) e células dendríticas (moDCs).

Os resultados mostraram que a DMT aumenta robustamente a sobrevivência destes tipos de células em hipoxía grave (0,5% de O2) através da SIG-1R.

Imagina-se então que o corpo libera a DMT em situações de quase-morte, principalmente em casos de falta de oxigênio.







  • Norment, KG Jebsen Centro de Psicose de Investigação, Instituto de Medicina Clínica da Universidade de Oslo, Oslo, Noruega
  • 2 Divisão de Saúde Mental e Dependência do Hospital Universitário de Oslo, Oslo, Noruega
  • 3 Departamento de Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Debrecen, Debrecen, Hungria
  • 4 Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Debrecen, Debrecen, Hungria
  • 5 Neuropsychopharmacology Grupo de Pesquisa Humana, Sant Pau Instituto de Investigação Biomédica, Barcelona, ​​Espanha
  • 6 Centro de Investigación Biomédica en Red de Salud Mental, Barcelona, ​​Espanha
  • 7 Norment, KG Jebsen Centro de Psicose Pesquisa do Departamento de Ciência Clínica da Universidade de Bergen, Bergen, Noruega
  • 8 Departamento de Genética Médica do Hospital Universitário de Oslo, Oslo, Noruega

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